O salto do Nelore Breda

 

Grife abre novos tempos com seleção

revigorada e produtos diferenciados na raça

 

     Remontar a trajetória da família Breda é lembrar de inúmeros fatos importantes da história do agronegócio, primeiro paulista depois brasileiro. De Natal, o primeiro imigrante, a Nircles, hoje pai e avô, os vínculos com a coisa da terra superam de longe o conhecimento adquirido em uma infinidade de livros e outras fontes. Dizer ao certo se se trata de um produtor rural com universidade famosa; ou de um grande advogado que nunca esquece dos laços com o campo, é tarefa difícil. O Nelore Breda, de Nircles Monticelli Breda, está mais forte do que nunca, atualmente revigorado pela excelente genética de Onu FIV Fort VR.

     A saga da família Breda se funde com o desbravamento do Oeste paulista, a dinastia do café e rompimento de fronteiras agrícolas no Norte do Paraná. Com muito suor e habilidade, Natal Breda foi somando terras e escrevendo a história. Depois vem o filho mais velho, Agostinho Breda, catalizador dos instintos do pai imigrante, que além de agricultor era pecuarista. Aliás, a zebuinocultura nacional não pode ser revelada sem as ações dos Breda. Vem de berço o apreço o incentivo pelo acúmulo de terras produtivas, não importando o ofício que se escolhesse como meio de vida.

     Nircles era muito apegado ao avô Agostinho. Estavam sempre juntos e havia um compartilhamento de prazeres e tarefas com a criação de gado. Na década de 60, o Gir ditava a toada. Agostinho fez campeões e campeãs nacionais. Nas fotos de beirada de pista, sempre presente o jovem neto. Já um advogado de sucesso, no início dos anos 80 – o pioneiro Natal faleceu aos 101 anos, em 1974 – Nircles comprou sua primeira fazenda em Água Clara (MS). Ele só estava em companhia de Claúdio “Totó” Fernando Garcia de Souza e Orestes Prata Tibery Júnior, legendas do Nelore moderno.

     Estava aberta, então, a Fazenda VôGustinho, que empreenderia o “Nelore Breda”, seleção cirúrgica e bem reconhecida no mercado. Na base do plantel, genética oriunda do trabalho de Torres Homem e, depois, de Helder Galera, com a aquisição de Malcon TE J. Galera. Certo é que Nircles chegou aos nossos dias com uma seleção de mais de 30 anos e um plantel basicamente crioulo. Participa de leilões com seus produtos de exceção e tem sua base de negócios na venda de tourinhos. “Nada sobra”, reforça. Mas recentemente os olhos de criador ganharam novo alento. No Leilão 100 anos da Marca VR, ele adquiriu Onu FIV Fort VR, um garrote que está dando uma produção ímpar.

     Na oportunidade, José Carlos Prata Cunha, o proprietário e um dos herdeiros de Torres Homem, nem queria fechar negócio em 100%. Era de apenas metade. Mas a amizade pesou e o criador de Onu cedeu mediante uma generosa oferta em doses de sêmen. Hoje os dois celebram a excelente capacidade do jovem touro em produzir fêmeas “diferentes” como eles mesmos atestam. Na VôGustinho, 160 matrizes assinam embaixo e dão um novo padrão de qualidade ao rebanho Breda. Onu não está em central de inseminação artificial, mas tem sêmen disponível, em casa.

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Onu FIV Fort VR

 

     O jovem reprodutor que acabou de completar quatro anos de idade é um filho de grandes campeões nacionais. Seu pai é Big Ben da Santa Nice e sua mãe Vena da Zebulândia VR. O touro é considerado o melhor macho pela linha materna e foi criado totalmente a campo. Também é irmão próprio de Elfa Zebulândia VR, Enddy Fortaleza VR, Glade Fortaleza VR e Flor Maab Fortaleza VR. Onu fez curta, mas premiada carreira de pista.

o Grupo BioVitro.